A disputa na oposição

Os partidos tradicionais não conseguiram liderar o movimento antipetista. Por isso, ele foi assumido por um partido nanico, o PSL, e por um candidato outsider, Jair Bolsonaro. Ele derrotou o PT e aspirou os votos de quem se considerava o principal partido de oposição ao petismo, o PSDB.

Enquanto Bolsonaro lutará, nos próximos quatro anos, para viabilizar seu governo e suas propostas. O seu adversário Fernando Haddad (PT), derrotado com 47 milhões de votos, pretende manter a liderança da oposição. Mas ele não ficará só nesta tarefa. Ciro Gomes (PDT), que fez 13% dos votos no primeiro turno, também vai lutar para assumir esta bandeira. Suas críticas ao PT e o fato de não declarar o voto para Haddad apontam nesta direção.

Richa, Alckmin e Aécio

O PSDB, a despeito dos 4% de Geraldo Alckmin, não abandonou esta perspectiva. O partido manteve São Paulo em suas mãos e o governador eleito, João Doria, desde já é candidato à presidência da República em 2022. Sua tarefa inicial será juntar os cacos tucanos e depois disso se colocar como um aspirante ao poder. Ele tem saltado obstáculos com rapidez. Depois de dois anos na prefeitura de São Paulo ele pulou na garupa do governo de São Paulo.

Os três líderes da oposição tem uma coisa em comum. Eles acham que o governo Bolsonaro será um desastre. E que ele, e seu time, perderão o poder nas eleições de 2022.

A DERROTA DOS PARTIDOS TRADICIONAIS

Os partidos tradicionais mais uma vez saíram derrotados no segundo turno das eleições para governador e presidente. Partidos nanicos elegeram sete governadores, entre eles os de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.

Minas Gerais – Romeu Zema (Novo)

O PSC vai governar o Rio e o NOVO, Minas. O PT (no primeiro turno) e o PSDB (no segundo turno) perderam Minas Gerais. No Rio, os grandes derrotados foram os herdeiros de Sérgio Cabral e que se abrigaram nos braços do ex-prefeito da capital do Rio, Eduardo Paes (DEM). O partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL, ganhou três estados. O mais importante deles é Santa Catarina.

O PT, perdeu Minas, mas elegeu quatro governadores. Foram cinco em 2014. O PSDB manteve São Paulo. Mas ele caiu dos seis governadores atuais para três. A força do MDB também caiu. Foram seis os governadores eleitos em 2014, entre os quais o Rio de Janeiro. Agora foram três.

O PSB manteve três estados entre os quais o de Pernambuco. O DEM se fortaleceu. Não tinha nenhum governador e vai passar a comandar dois estados que não tem peso nacional.

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